O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) voltou atrás e decidiu, por 4 votos a
 3, que candidatos que tiveram as contas eleitorais reprovadas, os 
chamados "contas sujas", poderão participar das eleições municipais 
deste ano.
Em março, os ministros haviam editado uma resolução, dizendo que tais 
candidatos seriam considerados inelegíveis. Em menos de seis meses, 
portanto, o tribunal modificou sua orientação.
Nesta quinta-feira, o tribunal finalizou a análise sobre um pedido de 
reconsideração feito pelo PT, acompanhado por 13 outros partidos, que 
havia sido interrompida na última terça-feira, por um pedido de vista do
 ministro José Antonio Dias Toffoli, quando o placar estava empatado em 3
 a 3.
A mudança de orientação aconteceu pois Toffoli entrou no lugar do colega
 Ricardo Lewandowski que deixou a presidência do tribunal e sua cadeira 
de ministro em abril deste ano. Lewandowski havia votado pela 
inelegibilidade dos candidatos com contas eleitorais reprovadas.
O voto do ministro Dias Toffoli, no entanto, considerou que a legislação
 eleitoral apenas determina que o candidato tem que apresentar suas 
contas de campanha para ficar quite com a Justiça Eleitoral, não 
necessitando que elas sejam aprovadas.
Após disputar uma eleição, todo candidato tem obrigação de apresentar 
uma prestação de contas dos recursos arrecadados e gastos nas campanhas.
 Essas contas podem ser aprovadas ou reprovadas pelos tribunais 
eleitorais.
A resolução de março foi aprovada por 4 votos a 3. O pedido de 
reconsideração foi relatado pela ministra Nancy Andrighi, que havia 
votado a favor resolução anterior.
Segundo seu voto proferido na última terça, os políticos que não têm as 
contas aprovadas devem sofrer a mesma punição dos que não apresentam as 
contas, ou seja, ficar inelegível até o fim da legislatura que disputou.
"Todas as situações de irregularidades na prestação de contas terão a 
mesma consequência ao candidato [ficar inelegível]", disse Andrighi.
Os ministros Marco Aurélio Mello e Cármen Lúcia, a presidente do 
tribunal, votaram com a relatora mantendo o entendimento de março.
"Penso que amanhã a Justiça Eleitoral será excomungada pela opinião 
pública [se mudarmos a resolução]. O tribunal está considerando o certo 
por errado", disse o ministro Marco Aurélio, também na última sessão.
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