O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), e o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), travam uma queda de braço pela indicação do diretor-geral do Dnocs (Departamento Nacional de Obras contra as Secas).
Enquanto Cid tenta emplacar, com apoio maciço da bancada cearense na Câmara e no Senado, seu secretário de Recursos Hídricos, Cesar Augusto Pinheiro, no posto, Henrique Alves resolveu comprar mais uma briga pela permanência do atual diretor, Elias Fernandes, seu correligionário potiguar.
O governador argumenta que, tradicionalmente, cabe ao Ceará a indicação não só do diretor-geral do Dnocs como o comando do Banco do Nordeste.
Com uma relação desgastada com a presidente Dilma Rousseff e com o comando do PSB desde que seu irmão, Ciro Gomes, teve a candidatura presidencial abortada, Cid fez chegar ao ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, que era uma questão de honra para o Estado assegurar a indicação desses dois postos do segundo escalão.
Por sua vez, Henrique Alves está queimado no Planalto graças à disputa pelo comando de Furnas, que saiu da órbita do PMDB da Câmara e passou a ser feudo do presidente do Senado, José Sarney (AP).
Depois de uma viagem ao exterior, Cid Gomes deveria voltar ontem para retomar a negociação pelas indicações no segundo escalão.
No BNB (Banco do Nordeste), o governador cearense fez uma parceria com o PT para indicar o presidente. Ele e o deputado José Guimarães, irmão de José Genoino, avalizaram a permanência do atual presidente, Roberto Smith, indicado pelo petista.
Mas como Dilma Rousseff resiste à ideia de mantê-lo, o consórcio PSB-PT já tem um segundo nome na manga: José Sydrião de Alencar Júnior, atual diretor de Gestão do banco.
Fonte: Escrito por Vera Magalhaes às 19h51 da Folha de São Paulo
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