Acusado pelo PSDB federal de fazer “corpo mole” ao longo do primeiro turno, Aécio Neves tornou-se peça é, agora, 100% José Serra.
Arrastou para um evento pró-Serra três centenas de prefeitos. Ao discursar, Aécio disse que seu triunfo em Minas está incompleto.
Elegeu-se senador. Içou Itamar Franco à segunda cadeira de Minas no Senado. Fez o sucessor: Antonio Anastasia. Porém, falta “a vitória de José Serra”, disse.
Tenta-se reverter o placar na prorrogação. Atribui-se aos prefeitos papel de relevo. São eles que, na ponta, estão mais próximos do eleitor.
Com uma bandeira de Minas pendurada no pescoço, Serra afagou a prefeitada. Disse que, eleito, zelará pela integridade do FPM (Fundo de Participação dos Municípios).
É desse fundo que sai o grosso das verbas que pingam nas arcas municipais. Prometeu um rosário de obras para Minas.
Tratou o PAC como peça de marketing: "Obras não se constroem com saliva, com anúncio de pedras fundamentais, com reinaugurações, se faz é com recursos".
No primeiro turno, Dilma Rousseff amealhou nas urnas mineiras 1,75 milhão de votos a mais que Serra.
Empurrado por Aécio, cuja popularidade rivaliza com a de Lula em Minas, Serra espera reveter o placar adverso no segundo turno.
Vai conseguir? As urnas dirão. Diz a lenda que o eleitor mineiro é indecifrável. Nunca é o que parece. Sobretudo quando parece o que é.
Semanas antes da eleição do primeiro turno, parecia caído de amores por Hélio Costa. Na reta final, foi do provável ao impossível. E deu Antonio Anastasia.
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