“Um em cada quatro norte-americanos que vivem com um companheiro costuma abrir mão do sexo devido ao cansaço causado pela falta de horas dormidas. A constatação é de uma pesquisa realizada pela Fundação Nacional do Sono dos EUA, divulgada nesta semana.
O estudo é baseado nos depoimentos de 1.007 adultos de 25 a 60 anos. A maior incidência de insônia foi verificada entre os brancos, com 10%. Já entre os casos de apneia, a população negra aparecem com 14%.
Os hispânicos mostraram mais propensão a passar noites em claro devido a preocupações com trabalho, dinheiro, relacionamento e saúde. A cada oito pessoas, três perderam o sono.
Já entre os que conseguem dormir melhor, destacam-se os americanos-asiáticos — cinco em cada seis costumam ter uma boa noite de sono pelo menos uma vez por semana.
Não é a primeira vez que há comprovações de que a vida sexual é comprometida pela falta de horas de sono. Um estudo feito pelo Instituto do Sono na cidade de São Paulo em 2009 mostrou que homens que dormem mal têm mais risco de apresentar disfunção erétil
O problema é bastante conhecido ao redor do planeta. Outra pesquisa recente, divulgada na revista Sleep Council, mostra que quase metade da população mundial sofre de insônia — cerca de 40%, de acordo com informações do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Na cidade de São Paulo, este índice é de 34%.
As noites mal-dormidas provocam várias reações na saúde, já que durante o sono o organismo realiza atividades essenciais para a saúde física e mental.
É neste período que são liberados hormônios, como o do crescimento. “A criança que não dorme direito pode não crescer como deveria”, explica Francisco Hora, presidente da Associação Brasileira do Sono.
Este mesmo hormônio, para quem já passou da fase de crescimento, dá mais disposição, contribui para eliminar gordura e reduz a flacidez dos músculos e a fragilidade dos ossos.
É também durante o sono que corpo libera as interleucinas, proteínas importantes para a ativação dos linfócitos (grupos integrantes dos sistemas imunológicos). Ou seja, problemas com o sono deixam o corpo mais propenso a doenças.
Dormir bem ainda garante um apetite equilibrado. Durante o sono é liberada leptina, que atua na redução da ingestão de alimentos e no aumento do gasto energético, além de regular a função neuroendócrina.”
(Diário SP Online)
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