Eike Batista pode ter deixado de ser o oitavo homem mais rico do mundo depois de sofrer um prejuízo em torno de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 3,18 bilhões) nesta quinta-feira, quando suas empresas lideraram o forte movimento de baixa da Bovespa.
O grupo EBX -- que atua principalmente nas áreas de mineração, petróleo e gás e infraestrutura com uma capitalização de mercado de US$ 31 bilhões, mas praticamente sem faturamento -- registrou uma perda de cerca de 9% no seu valor.
Eike detém mais de dois terços das ações do grupo. Agora, a participação dele vale cerca de US$ 19,2 bilhões.
Num dia de forte queda na Bolsa paulista, o maior declínio foi da mineradora MMX, cujas ações se desvalorizaram em 16%, o que significou uma fuga de R$ 725 milhões do seu valor de mercado. Eike tem 32,2% da companhia.
A OGX Petróleo e Gás teve queda de 8,33%, o que significa uma redução e R$ 3,23 bilhões no seu valor de mercado -- ou quase metade dos R$ 6,7 bilhões que Eike obteve na oferta pública inicial de ações da companhia, em 2008. Ele possui uma participação de 61,2% da empresa.
A empresa de logística LLX, que desenvolve dois grandes projetos portuários no Estado do Rio, teve queda de 13,2%, perdendo R$ 367 milhões do seu valor de mercado.
O estaleiro OSX registrou queda de 10,9% (R$ 426 milhões), e a elétrica MPX caiu 8% (R$ 403 milhões).
Todas essas ações tiveram queda superior à do índice Ibovespa, que fechou em baixa de 5,7%.
As cinco empresas de capital aberto do conglomerado EBX estavam particularmente vulneráveis porque haviam atraído um grande número de investidores estrangeiros, os quais na quinta-feira fugiram em debandada dos mercados emergentes, segundo Lucas Brendler, analista da Geração Futuro.
"Empresas que estão em uma fase de pré-desenvolvimento são as que acabam sendo mais afetadas nessas situações", disse Brendler. Ele acrescentou que essas empresas também têm condições de recuperarem com mais rapidez do que as companhias maiores.
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