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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Sobral terá de retirar nome de Ciro Gomes e da mãe do governador de obras públicas


A Prefeitura de Sobral (232 km de Fortaleza) foi obrigada pela Justiça cearense a mudar o nome de prédios e logradouros públicos que homenageiam pessoas vivas. A determinação do juiz Willer Sóstenes de Sousa e Silva foi tomada na última quinta-feira (6). A Prefeitura de Sobral informou que vai entrar com um recurso no Tribunal de Justiça para reverter a decisão.

Entre os locais públicos atingidos pela medida estão a Vila Olímpica Ciro Gomes (ex-ministro no governo Lula) e a Rua Maria José S. Ferreira Gomes (mãe de Ciro e do atual governador do Ceará, Cid Gomes-PSB). Vários outros prédios e logradouros públicos estão na lista de afetados também devem mudar de nome.

A decisão atende a um pedido do MP (Ministério Público do Ceará), que ingressou com uma ação civil pública em outubro contestando a homenagem a pessoas vivas em prédios públicos. Segundo os promotores responsáveis pela ação, as obras públicas devem seguir o princípio da impessoalidade, conforme prevê a Constituição do país.

Com a decisão, o município tem 30 dias para mudar todos os nomes, a partir da data de notificação. Caso descumpra a decisão, o prefeito Clodoveu de Arruda Coelho Neto (PT), conhecido como "Veveu"; será multado em R$ 1.000 por dia. O prefeito foi reeleito em outubro.

Segundo o MP, a ação civil pública ainda solicita que a prefeitura seja impedida de conceder novas homenagens a pessoas vivas, sempre batizando ruas e prédios públicos com pessoas já falecidas.

Outro lado

Procurada pelo UOL, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Sobral explicou que a maioria das homenagens são propostas por vereadores e aprovadas em votação na Câmara de Vereadores do município.

Segundo o procurador do município, Menescal de Andrade Júnior, a prefeitura já foi notificada e estuda o caso para recorrer. "Estamos aguardando, desenvolvendo recursos. A decisão vai ser cumprida apenas se ela não for reformada no Tribunal de Justiça, onde há um recurso contra a decisão liminar", disse.

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