O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
sentiu cheiro de carne queimada e decidiu vir a público para tratar de sua
conversa com Gilmar Mendes. Mas o fez de forma oblíqua, arrevesada. Sabem quem
divulgou uma nota? O Instituto Lula.
Que se saiba, quem estava no encontro com o
ministro do Supremo e com Nelson Jobim era a pessoa física chamada Luiz Inácio
Lula da Silva.
Comecemos do básico, do primário. A
“versão da revista” não “é atribuída” a Gilmar Mendes coisa nenhuma. Uma nota
que não consegue nem mesmo ser factual a respeito de algo tão básico já se
desmoraliza. Mendes confirmou os fatos apurados pela revista, sem quaisquer
reparos. Confirmou à reportagem de VEJA e aos demais veículos de comunicação
que o procuraram.
Lula não fez favor nenhum ao procurador
Antônio Fernando de Souza a qualquer outro ao reconduzi-lo ao cargo. Se não o
fizesse, aí, sim, estaria se caracterizando uma vingança. Tampouco cabe a um
ex-chefe de estado se jactar de jamais ter interferido no Judiciário, como se
isso decorresse de uma benevolência. De resto, no que concerne ao mensalão, as
pressões são notórias e conhecidas.
É quase acintoso que seja a “pessoa
jurídica” a fazer o desmentido. De resto, Lula não pode se esquecer de que é um
falastrão, de que fala demais, de que pode ele mesmo, na certeza de que tudo
sairia muito barato, ter comentado o assunto com terceiros, com pessoas que não
estavam naquela sala.
Puxe pela memória, Luiz Inácio! Puxe
pela memória!
Por Reinaldo Azevedo
Nenhum comentário:
Postar um comentário