Dois helicópteros com câmeras de última geração, 24 embarcações, cinco centros de descontaminação de massas e 15 mil agentes de segurança, entre militares das Forças Armadas e da Polícia Federal.
Esses são alguns números do maior aparato de segurança já montado para um evento no Brasil, a ser testado na Rio+20 --conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável que acontece em junho no Rio.
Editoria de arte/Folhapress
Para efeito de comparação, no Pan-Americano de 2007, também no Rio, o patrulhamento da orla foi feito com lanchas. Já na Rio+20, duas fragatas serão usadas. O número de helicópteros subiu de 14 para 18.
Com uma expectativa de presença de 120 chefes de Estado, o governo se prepara para usar novos equipamentos e sistemas.
"É o evento que vai mobilizar a maior atenção de segurança no Brasil", afirma o vice-almirante Ney Zanella, responsável pelo tema no Ministério da Defesa.
Será a primeira vez que a Polícia Federal vai testar o novo Sistema Nacional de Procurados e Impedidos. Ligado a bancos de dados internacionais, o sistema pode barrar suspeitos e condenados ao tentarem entrar no país.
Todas as formas de acesso ao Rio estarão sob monitoramento: a Polícia Rodoviária Federal fará a segurança nas rodovias federais, 24 embarcações estarão a postos para controlar o movimento na orla e 16 aeronaves militares serão disponibilizadas para a segurança e o deslocamento de autoridades.
Além disso, a PF terá à disposição dois helicópteros com câmeras que permitirão identificar contratempos no trajeto das delegações.
Toda a logística será coordenada por cinco centros de controle sob comando das Forças Armadas --o principal deles terá como base o Palácio Duque de Caxias.
"Durante a conferência, nenhum helicóptero que não tenha sido inspecionado antes voará no Rio de Janeiro", afirma Zanella.
Os navios que estarão atracados no porto serão inspecionados até por baixo para ver se não há bombas.
ORÇAMENTO
Apesar da importância do encontro, o governo já deu sinais de que quer um orçamento enxuto.
No mês passado, abriu créditos especiais de R$ 214,1 milhões para a área mas, segundo a Folha apurou, o Planalto determinou que só R$ 111,6 milhões sejam liberados.
A Casa Civil afirmou que a previsão inicial teve como base uma "estimativa de gastos" e contemplava "despesas ordinárias dos órgãos envolvidos", como uniformes.
"Os valores foram revistos com o intuito de elevar o nível de eficiência do gasto público, sem, no entanto, comprometer o objetivo das ações e a segurança do evento", afirma a nota.
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